Outros tratamentos
É uma malformação comum, que consiste na interrupção da luz do esôfago em sua porção proximal. Existem variações nos tipos de defeito, sendo o mais comum a atresia de esôfago com uma consumição da parte distal do esôfago com a traqueia (fístula traqueoesofágica). O segundo tipo mais frequente é a atresia de esôfago sem fístula. Ainda existem outros tipos de defeitos menos comuns (FIG. 1). É comum a associação com outras malformações, em especial cardiopatias.
Figura 1 – Representação esquemática dos tipos anatômicos de atresia de esôfago.
Não é comum a suspeita no pré-natal, sendo que na maioria dos casos se suspeita após o nascimento, por meio da identificação de salivação intensa pela boca do bebê (Fig. 2) e pela não aceitação da dieta, com retorno imediato da dieta após mamar e ainda pode até haver obstrução da via aérea (sufocação). As crianças com suspeita devem ser encaminhas de urgência para o centro de referência, e lá se realiza a confirmação diagnóstuca por meio de exame radiológico com contraste (esofagograma) (Fig. 3)
Figura 2 – RN com atresia de esôfago. Notar salivação intensa e aerada.
Já no centro de referência o tratamento desses casos é sempre cirúrgico, e de urgência. Antes da operação, devem-se desacatar as anomalias mais comum associadas, em especial cardiopatias. Por isso, convém que sejam avaliadas pelo cardiologista pediátrico e se realize ecocardiograma. Devido à complexidade da doença e do tratamento essas crianças devem manter o controle a longo prazo em centro de referência e com equipe multidisciplinar experiente.
Figura 5. Esofagograma que confirma presença de atresia de esôfago.
Bibliografia
Tannuri ACA. Anomalia anorretal. In: Piçarro C. (editor). Fundamentos em Cirurgia Pediátrica. Editora Manole: Santana de Parnaíba, 2021. P: 187-193.